08-02-2018 09:20

Lagoa das Furnas

Governo dos Açores concretiza “um dos maiores investimentos de sempre” no combate à eutrofização da Lagoa das Furnas, afirma Marta Guerreiro

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo salientou hoje que a construção do canal de desvio de afluentes da Ribeira do Salto da Inglesa e a consolidação do canal do Salto do Fojo corresponde a um dos “maiores investimentos de sempre” no processo de combate à eutrofização das lagoas de São Miguel, neste caso, a das Furnas, no âmbito de medidas como “a alteração do uso dos solos, estudos, ensaios, intervenções paisagísticas e outras obras hidráulicas”. 

“Toda e qualquer medida que ajude a melhorar a qualidade da água das nossas lagoas é um investimento prioritário para o Governo dos Açores, desde logo por aquilo que as lagoas representam enquanto ecossistemas únicos e importantes reservatórios de recursos hídricos, mas também como elementos marcantes da paisagem açoriana”, afirmou Marta Guerreiro.

A titular da pasta do Ambiente, que falava, nas Furnas, na inauguração daquela empreitada, frisou que, com esta intervenção, "que representou um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros, a carga de nutrientes que afluem à Lagoa das Furnas será substancialmente reduzida, ao mesmo tempo que se diminuirá a sua dinâmica de assoreamento”.

Marta Guerreiro assegurou que, “apesar dos indicadores positivos já registados nesta lagoa, como em outras, continua a ser prioritário prosseguir com a recuperação do estado trófico das massas de águas degradadas e que foram sujeitas a pressões que provocaram a sua eutrofização”.

“O Governo dos Açores tem colocado um verdadeiro empenho no combate a esta problemática”, assegurou.

Nesse sentido, recordou “a aquisição de cerca de 265 hectares de terrenos agrícolas, o que permitiu a retirada de áreas significativas de pastagem, a remoção de toneladas de resíduos abandonados e a transformação da paisagem, nomeadamente através da eliminação das espécies de plantas invasoras e substituição por flora nativa, recriando áreas de floresta”.

Na sua intervenção, destacou ainda a reflorestação iniciada recentemente “em mais de 60 hectares da última parcela no perímetro da lagoa em que foi retirada a atividade pecuária", uma zona que "vai receber cerca de 250 mil árvores de espécies endémicas”.

Marta Guerreiro salientou ainda "o desenvolvimento, em parceria com o Instituto Superior Técnico, de um projeto e ensaio que visa conceber o protótipo de uma unidade móvel de filtração de nutrientes presentes nas massas de água, numa perspetiva curativa, cujos resultados obtidos até agora são bastante animadores”.

A Secretária Regional reafirmou que este é “um caminho longo”, referindo os “muito competentes colaboradores da administração regional e os centros de investigação que investem no presente para garantir a sustentabilidade do futuro”.


GaCS/HMB