O Diretor Regional do Ambiente afirmou que o anteprojeto de intervenção no Monumento Natural do Pico das Camarinhas e da Ponta da Ferraria, em São Miguel, contempla a criação de um percurso pedestre interpretativo, a requalificação do Miradouro da Ilha Sabrina, com a criação de um parque de estacionamento, a requalificação do parque de estacionamento da fajã e a beneficiação dos equipamentos da zona envolvente à piscina natural.
“Pretendemos qualificar toda a área do Monumento Natural, intervindo de forma integrada no Pico das Camarinhas, no Miradouro da Ilha Sabrina e na Fajã da Ferraria, criando alternativas de interpretação, contemplação e fruição para os visitantes, aliviando a procura pela zona da piscina natural de água quente”, salientou Hernâni Jorge.
O Diretor Regional, que falava quinta-feira, na freguesia dos Ginetes, na apresentação do anteprojeto, que contou com cerca de 80 participantes, destacou o facto de ter sido “uma sessão onde todos tiveram oportunidade de apresentar os seus contributos e sugestões, os quais serão tidos em conta no desenvolvimento do projeto final, correspondendo aos anseios de quem usufrui diariamente da Ferraria”.
“Relativamente ao Miradouro da Ilha Sabrina, prevê-se a sua requalificação geral, a construção de um parque de estacionamento para veículos ligeiros e autocarros, a recuperação das trincheiras, a relocalização das instalações sanitárias e a criação de um espaço de apoio à gestão da área protegida, para além da definição de uma zona para descolagem de parapente”, adiantou Hernâni Jorge.
Sobre o percurso pedestre interpretativo, com uma extensão de 3,5 quilómetros e uma duração prevista de cerca de três horas, o Diretor Regional salientou que se inicia e termina no Miradouro da Ilha Sabrina, passando por pontos de interesse como o Pico das Camarinhas, o farol, a fajã, a nascente termal, a piscina natural e as termas, estando prevista a sua apreciação ainda este mês na Comissão Regional de Percursos Pedestres.
Para o parque de estacionamento da fajã, projetou-se o aumento do número de lugares, de forma a impedir o estacionamento desordenado ao longo da fajã, e a criação de lugares para cidadãos com mobilidade condicionada, bem como a diferenciação da entrada e saída do estacionamento.
“Pretendemos também beneficiar as estruturas de apoio à piscina natural, designadamente os sanitários e os duches, incluindo a substituição das portas, a substituição dos pavimentos em 'deck' por betão escurecido e o estudo para uma solução pouco impactante que facilite o acesso dos visitantes à piscina natural”, destacou o Diretor Regional.
Segundo Hernâni Jorge, “esta abordagem integrada possibilitará a adoção de um novo modelo de gestão da área protegida, que contempla o condicionamento do acesso automóvel à fajã da Ferraria, em função do número de lugares de estacionamento disponíveis no parque, admitindo-se o pagamento do estacionamento de forma a promover a rotatividade e desincentivar a permanência prolongada, ficando os residentes dos Açores isentos de qualquer taxa, à luz do que praticamos em todas as áreas protegidas geridas pela Região”.
O Diretor Regional assegurou que “continuará a ser possível o acesso à fajã e ao mar todos os dias do ano, e a qualquer hora”.
GaCS/HMB