15-10-2018 14:07

Educação Ambiental

Marta Guerreiro salienta importância das políticas de educação ambiental na “preservação e valorização do património ambiental” dos Açores

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo sublinhou sábado, na Lagoa, a estratégia do Governo dos Açores, “que se baseia na importância da educação ambiental como ponto de partida para a disseminação e troca de informações” sobre o “vasto e rico património natural”, enquanto parte integrante da identidade do arquipélago.

“Se hoje acreditamos na existência de uma cidadania ambiental, numa consciência de que as ações individuais e locais se refletem numa escala global, não nos podemos esquecer que aquilo que hoje parece consensual tem uma história de apenas duas décadas”, sublinhou Marta Guerreiro.

A titular da pasta do Ambiente lembrou a criação da primeira Ecoteca, em 1996, marcando o arranque da Rede Regional de Ecotecas dos Açores, “estruturada como uma malha de equipamentos com a capacidade para apoiar as escolas no desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental e, ainda, potenciar uma crescente participação dos cidadãos nas questões ambientais”, trabalho que o Executivo açoriano foi desenvolvendo com a criação do Plano Regional de Educação e Sensibilização, em 2011, ou com o desenvolvimento de uma Rede de Centros Ambientais que abrange todas as ilhas do Açores.

Marta Guerreiro falava na abertura do XIII Encontro Regional de Educação Ambiental e Seminário Eco-Escolas, que decorre até domingo num modelo bipolar entre a Lagoa, em S. Miguel, e a Praia da Vitória, na Terceira, sob o tema 'Parques Naturais dos Açores - 10 Anos de Responsabilidade Compartilhada na Educação Ambiental'.

Na sua intervenção, evidenciou que esta iniciativa tem “um papel ativo na promoção da educação ambiental, a nível regional e nacional”, fazendo com que professores, técnicos de ambiente, administração local e regional, empresas privadas, organizações não governamentais e estudantes “sejam verdadeiros agentes de educação ambiental nos Açores e para os Açores, ajudando-nos a dar resposta aos desafios que se colocam nos dias de hoje”.

Durante a sessão foram também entregues os galardões 'Eco-Escolas', que distinguiram 77 escolas na Região no ano letivo 2017/2018.

“Importa destacá-lo por ser um dos principais ativos no trabalho com a comunidade escolar sobre a sustentabilidade ambiental”, destacou a Secretária Regional, acrescentando que o número agora registado “contrasta com as primeiras quatro, em 1999, ano em que se iniciou nos Açores o mais antigo programa de educação ambiental para a sustentabilidade, e nos mostra o bom caminho que temos vindo a trilhar”.

“Este é um programa internacional, presente em mais de 65 países e em 52.700 escolas, abrangendo em Portugal mais de 1.600 escolas, em 230 municípios, que, atualmente, alcança 30% das escolas açorianas, número bastante superior à taxa de implementação de 17% no território nacional continental”, sublinhou.

Marta Guerreiro destacou ainda a consolidação de outros programas como o 'Eco-Freguesia, freguesia limpa' ou o 'Miosótis Açores', os prémios 'Espírito Verde', o portal 'Educar para o Ambiente' ou o SIARAM (Sentir e Interpretar o Ambiente dos Açores através de Recursos Auxiliares de Multimédia), por promoverem “a cooperação e partilha”, permitindo “desenvolver um importante sentido mobilizador de diversas instituições em termos das questões ambientais e da afirmação dos objetivos do desenvolvimento sustentável”.

GaCS/HMB