A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo adiantou no passado dia 11 de outubro que os Açores têm "a melhor capitação de reciclagem de materiais de embalagem” abrangidos pelo SIGRE - Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens, com cerca de 43 quilos por habitante nos primeiros nove meses deste ano, o que corresponde a "uma média anual de 57 quilos e que compara com as médias anuais de 33 quilos no continente e de 39 quilos na Madeira”.
“Entre janeiro e setembro de 2018, as retomas do SIGRE cresceram 13,6%, comparativamente ao período homólogo de 2017, onde passámos de 9.192 para 10.439 toneladas”, afirmou Marta Guerreiro, que falava, em Angra do Heroísmo, na sessão de abertura do 'Novo Verde Packaging Universities 2018'.
“Estes sinais evidenciam que, no que diz respeito aos resíduos urbanos dos Açores, o Governo Regional tem assumido um compromisso cada vez mais vincado na sua gestão eficaz”, frisou Marta Guerreiro.
A titular da pasta do Ambiente lembrou que, relativamente à produção e gestão de resíduos urbanos na Região, o ano de 2017 constituiu-se, efetivamente, “como um marco de referência, já que, por via do incremento da valorização material e orgânica e da valorização energética, os Açores passaram a valorizar mais de metade dos resíduos urbanos produzidos, 51%”.
A Secretária Regional recordou ainda que, “também no ano passado, a valorização material (reciclagem) e orgânica (compostagem) atingiu o maior volume de sempre (48,6 mil toneladas), com um aumento de 15%, mais 6,3 mil toneladas relativamente a 2016”.
“A evolução registada e, sobretudo, os resultados de 2017 permitem inferir que a Região está em condições de cumprir com as metas definidas para 2020, desde que, até lá, sejam completadas as infraestruturas de gestão de resíduos urbanos de acordo com o PEPGRA na ilha de São Miguel”, frisou, destacando que, em 2018, também já se verificam “sinais" de que a Região continua "neste bom caminho, com dados da evolução na reciclagem de resíduos urbanos de embalagens que são muito satisfatórios”.
Marta Guerreiro sublinhou ainda que o Executivo açoriano acredita no sucesso das medidas que tem vindo a implementar na gestão e prevenção de resíduos, “mas não tem dúvidas de que ainda há muito para fazer, juntamente com o esforço de todos - governo, municípios e cidadãos – numa mudança de paradigma que já permitiu concretizar uma das mais profundas reformas no que diz respeito à gestão dos resíduos”.
GaCS/HMB