O Diretor Regional do Ambiente referiu que o Paleoparque de Santa Maria contará com plano de ação e programa de comunicação e educação ambiental para promover a divulgação deste rico património paleontológico.
Hernâni Jorge falava, em Santa Maria, após a primeira reunião ordinária do Conselho Consultivo do Paleoparque desta ilha, onde foi feita a análise e a calendarização do processo de delimitação das jazidas fósseis, bem como do processo de elaboração do respetivo Plano de Ação.
“O Governo dos Açores desenvolveu, ao longo dos últimos anos, um conjunto de iniciativas, com destaque para a Rota dos Fósseis, o circuito interpretativo da Pedreira do Campo e a Casa dos Fósseis. Numa perspetiva de continuidade e complementaridade dessas iniciativas foi desencadeado o projeto do Paleoparque de Santa Maria, reforçou.
Segundo o Diretor Regional, “a criação do Paleoparque de Santa Maria tem como objetivo a proteção e a manutenção da paleobiodiversidade e a integridade dos valores geológicos e dos recursos e valores naturais e culturais que lhe estão associados, por via da preservação de elementos paleontológicos e geológicos notáveis, bem como a divulgação desse rico espólio existente na ilha, onde se inclui a maior jazida multiespecífica de fósseis a céu aberto do Atlântico Norte, promovendo a diversificação da oferta de natureza dos Açores”.
Acresce que, no âmbito dos projetos Rota dos Fósseis e Paleoparque de Santa Maria, foram desenvolvidas, em 2015 e 2016, diversas ações de formação dirigidas aos operadores de animação turística da ilha de Santa Maria e já este ano foi realizado um curso de guias de Parques Naturais dos Açores, na ilha de Santa Maria, o qual contou com 13 formandos.
“A ilha de Santa Maria, mais oriental e antiga do arquipélago dos Açores, possui fósseis marinhos únicos no contexto regional e nacional, e as suas jazidas fossilíferas constituem um verdadeiro laboratório ao ar livre, com relevância internacional, conforme o atestam estudos científicos recentes”, frisou o Diretor Regional, acrescentando que estas particularidades “exigem uma interpretação e divulgação que sejam acessíveis a todos os que vivem ou demandam a ilha”.
Hernâni Jorge explicou que o Paleoparque de Santa Maria integra 20 jazidas fósseis, distribuídas por 3 classes, “resultado da iniciativa legislativa do Governo dos Açores”, que conta com “o reconhecimento da Associação Internacional de Paleontologia”.
GaCS/HMB
