A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo sublinhou hoje os investimentos na Fajã da Caldeira de Santo Cristo, em São Jorge, por mostrarem o “empenho do Executivo na criação de condições para a fruição dos espaços naturais”.
Marta Guerreiro falava no final de uma visita às obras de recuperação dos trilhos tradicionais no interior da Fajã da Caldeira de Santo Cristo e de instalação de uma zona de apoio, acolhimento e descanso para os visitantes que percorrem os trilhos e acedem à fajã, incluindo espaços destinados para campismo.
“As obras que agora se iniciam devem estar concluídas no verão de 2020”, adiantou a titular da pasta do Ambiente.
Esta intervenção, no valor global de cerca de 780 mil euros está a ser executada pela Câmara Municipal da Calheta, no âmbito do contrato ARAAL celebrado com o Governo dos Açores, e vem requalificar um espaço único dos Açores.
A Secretária Regional acompanhou ainda o estado de execução das obras da eletrificação daquela Fajã, um investimento de cerca 1,3 milhões de euros, cuja obra tem uma duração máxima de 24 meses, garantindo o acesso à energia elétrica a todos aqueles que estão ou passam pela Fajã da Caldeira de Santo Cristo.
“Os trabalhos até agora desenvolvidos, que tiveram início a 10 de setembro, contemplam a construção de uma parte das infraestruturas do ramal subterrâneo de distribuição de energia elétrica em média tensão, numa extensão aproximada de 400 metros, bem como o transporte de materiais entre as duas fajãs”, adiantou a titular da pasta da Energia.
“Esta é a concretização de uma ambição dos Jorgenses, que está a ser implementada através da melhor solução técnica possível para um espaço ambientalmente sensível e que é um dos principais pontos turísticos, não só desta ilha, mas dos Açores”, frisou.
Segundo Marta Guerreiro, “o processo para a eletrificação da fajã mereceu um trabalho cuidado por parte do Governo, com base em critérios rigorosos de salvaguarda do valioso património ambiental, minimizando os impactos em vários domínios”.
A intervenção, através da concessionária regional EDA, contempla o estabelecimento da rede de distribuição em baixa tensão, totalmente subterrânea, um posto de transformação, bem como um ramal de média tensão, também subterrâneo, com uma extensão aproximada de 4,5 quilómetros ao longo do trilho que liga as fajãs dos Cubres e de Santo Cristo, permitindo a eletrificação tanto das moradias e de outros edifícios existentes, como daqueles que resultem da reabilitação do património.
Está ainda incluída nos trabalhos a construção de infraestruturas subterrâneas para uma futura alimentação, em baixa tensão, da Fajã dos Tijolos, a partir do novo posto de transformação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo.
A Fajã da Caldeira de Santo Cristo é uma das primeiras áreas protegidas da Região Autónoma dos Açores, e detentora de várias outras classificações, nomeadamente Reserva da Biosfera da UNESCO, zona RAMSAR e área da Rede Natura 2000, representando um património natural e cultural ímpar e de valia mundial.
GaCS/HMB