De forma a assinalar os 300 anos das erupções vulcânicas que ocorreram em 1718 na ilha do Pico e que originaram os localmente designados “Mistérios” de Santa Luzia e São João, o Parque Natural do Pico, em parceria com o Museu dos Baleeiros, o Geoparque Açores - Geoparque Mundial da UNESCO e a Junta de Freguesia de São João, organiza um conjunto de eventos de 1 a 3 fevereiro.
Nos dias 1 e 2 de fevereiro serão realizadas ações de sensibilização nas escolas da ilha.
No dia 2, decorrerá na Casa do Povo de São João, pelas 20h30, uma tertúlia sobre os 300 anos da erupção vulcânica do “Mistério” de São João, que contará com a presença do Professor João Carlos Nunes e da Doutora Maria de Jesus Maciel, seguindo-se um momento musical promovido por Manuel Francisco Costa Júnior e Bruno Rosa.
Dia 3, às 9h30, será realizado o percurso pedestre “Mistérios do Sul do Pico”, com ponto de encontro no Parque Florestal de São João com interpretação sobre os patrimónios natural e cultural existentes ao longo do percurso, acompanhada de recriações históricas em pontos estratégicos. No mesmo dia será proferida, pelo Professor João Carlos Nunes, a palestra “Mistérios” da Ilha do Pico: Vulcões que moldaram o Homem e Marcaram a História, pelas 21h00, no Museu dos Baleeiros, onde serão apresentadas algumas das particularidades sobre estas erupções e a influência que tiveram na população local.
Prevê-se que, no decorrer deste ano, sejam inaugurados dois painéis alusivos às duas erupções vulcânicas, produzidos pelo artista Filipe Gomes e que serão colocados nos Parques Florestais de Santa Luzia e de São João.
Estas erupções tiveram início no dia 1 de fevereiro de 1718, na Lomba do Fogo (na encosta norte da Montanha do Pico), originando o “Mistério de Santa Luzia”, sendo que no dia seguinte, a 2 de fevereiro, perto da freguesia de São João, ocorreu a erupção vulcânica que originou o “Mistério de São João”. Durante esta última existiu ainda uma fase submarina, a sul de São João, com início a 11 de fevereiro.
De acordo com os relatos históricos, estas erupções provocaram a queda de cinzas e de lapilli, que levaram à destruição de colheitas e de terrenos de pastagem, bem como à emissão de escoadas lávicas que, numa ação muito mais localizada, provocou a destruição total e permanente dos terrenos afetados, incluindo construções edificadas.
Foto: Manuel Paulino Costa
Parque Natural do Pico